Rancho Folclórico da Malveira

O início de tudo esteve uma marcha popular, ou seja, a C.M.M pediu às várias freguesias para que, por altura dos Santos populares, executassem uma marcha. Na Malveira organizaram um grupo de 24 alunos da Escola do 1º. Ciclo e a marcha popular tomou forma, orientada por uma professora, pelo Sr. Amândio Quinto e alguns pais e amigos das crianças. Como se costuma dizer, a sorte estava lançada. Dentro da exibição dos alunos, figurava a evocação à figura de Beatriz Costa, a que se juntava a graciosidade dos pequenos pares a executar a passeata. Mas as exibições não se ficaram por aqui e continuaram, contagiando as crianças, bem como os seus familiares. Houve, então, necessidade de criar uma solução para acalmar a vontade de dignificar as raízes culturais, as danças antigas, os costumes e os trajes da Vila da Malveira.

Depois de ter nascido de uma marcha popular, o R.F.M. lá continuou as suas deambulações pelos trilhos do folclore. Começaram a aprender as modas típicas (ensinadas pelos mais idosos ) e pesquisaram a maneira de trajar.

É desta forma que há 20 anos o Rancho da Malveira dança o folclore da sua terra, tentando sempre colmatar as falhas que possam eventualmente ter, devido à profundidade das raízes do folclore nacional e, em especial, da região saloia à qual pertencem, ou seja, sempre numa atitude de aprendizagem e de aperfeiçoamento daquilo que apresentam.

O Rancho conta actualmente com a participação de jovens de idades variadas. Assim, o escalão etário do Rancho Folclórico da Malveira está entre os 6 e os 21 de idade, mostrando bem a polivalência do Rancho. Outros elementos mais velhos fazem parte da tocata que é constituída por uma acordeonista, um tocador de bilha, um tocador de ferrinhos, um tocador de cana, um reco-reco e uma vocalista. E é com o conjunto destes instrumentos e desta voz, que se executam as cantigas e músicas que os jovens do rancho dançam.

Das modas que constituem o repertório deste animado rancho destacamos : o Bailarico Saloio, o Verde-gaio, o Namorico Saloio, a Padeirinha, o Paleio Roubado, as Moças da minha Terra, entre outras, que demonstram bem as suas origens.

O início do grupo aconteceu em 1989 e o seu aniversário celebra-se a 15 de Agosto.

Mas a grande surpresa das exibições destes jovens surge no final da sua actuação onde a maior parte das vezes se despedem com um retrato actualizado do filme “ Aldeia da Roupa Branca “.